Por que o Vinho Pêra Manca é tão caro?
O vinho Pêra-Manca tem sua data de origem desconhecida, já que pode ser rastreada desde os anos 1300, nos arredores de Évora, Alentejo – Portugal (cidade considerada patrimônio histórico da humanidade pela Unesco). O local era marcado pela peregrinação religiosa e, mais tarde, tornou-se sede de uma igreja e um convento da Ordem de São Jerônimo. A história nos conta que nesse local viviam frades que cuidavam de um vinhedo durante os séculos XV e XVI, onde eram produzidos os vinhos Pêra-Manca.
Acredita-se, ainda, que esse foi o vinho escolhido por Pedro Álvares Cabral para acompanhá-lo durante as grandes navegações. Tendo sido, inclusive, utilizado para brindar ao encontro que teve com a população indígena do Brasil, em 1500.
A produção do Vinho Pêra-Manca, conhecido como de exceção, ou seja, produzido somente com uvas de um determinado ano, é feita unicamente quando todos os requisitos de qualidade excepcional estão sendo cumpridos.
As uvas utilizadas vêm de talhões selecionados nas vinhas (planta responsável pela produção das uvas) da Adega Cartuxa, com mais de 35 anos de produção. Nesse local, a fruta sofre a maturação de forma suave, sem o estresse hídrico exagerado. Tudo isso é levado à risca para que o fruto não perca as potencialidades aromáticas das castas.
Quanto a uva atinge o seu estado de maturação, elas são colhidas e transportadas para a adega, local onde acontece todo o processo tecnológico, como o desengace total, e são ligeiramente esmagadas.
A fermentação da bebida é feita em balseiros de carvalho francês, utilizando leveduras de origem indígena. Sua temperatura é controlada, então, acontece a maceração pós-fermentativa prolongada, durando um período de 18 meses nos tonéis. Após envasada, o vinho passa por mais um estágio de 48 meses nas caves da empresa.